Quando comecei a escrever o blog, queria muito escrever sobre meus pais.
Afinal, foi onde minha vida começou.
Minha existência.
Minha criação.
Minha formação.
Devo a eles tudo o que tenho
e tudo o que sou.
Meus preceitos sobre família, sobre a vida, vêm desde pequena.
Foram plantados em mim ao longo dos anos convivendo com eles
e depois longe deles.
Meu pai sempre preocupado com os meus estudos.
A pergunta que ele mais fazia era:
Como vai estudo ¨firinha¨?
(detalhe, ele é ¨japa¨!!!)
Quando terminamos o primeiro grau, eu e meus irmãos tivemos que nos mudar para uma cidade maior, com faculdades melhores.
Primeiro foi a mais velha (Sayuri), e na ordem decrescente, quem terminava a oitava série ia morar com ela.
O último da escadinha foi o meu irmão.
Meus pais tiveram determinação nos deixando morar sozinhos, acreditaram que daria certo.
Não sei se teria a mesma coragem com meus filhos.
Só sei que comigo e meus irmãos aconteceu assim
e graças a Deus deu tudo certo.
Cuidávamos um do outro,
brigávamos também.
Lembrando agora, dá até vontade de voltar no tempo e viver tudo outra vez.
Cada história!
Triste!
Engraçada!
Que vale a pena recordar.
Quando chegavam as férias íamos visitar ¨papai e mamãe¨, nem sempre dava certo, mas geralmente era assim.
Como era ¨gostoso¨!
O ambiente familiar, o colinho deles, a saudade da casa, a comida da mamãe.
Um mês era pouco para matar a saudade e quando acabava era aquele ¨xororo¨. Todas as despedidas eram um drama sem fim, parecia novela mexicana.
Enquanto meu pai nos ensinava a importância do estudo, minha mãe nos ensinava a importância de ser ¨Amélia¨.
Rs...
Mas de uma maneira frenética e exagerada.
Era uma ¨ditadura¨ e nem meu irmão escapava.
Tenho até um ¨causo¨para contar:
Certa vez inventei que estava com dor de barriga, só pra não ter que ir a escola.
Minha mãe acreditou e me deixou ficar em casa.
Mas criança é inocente, ou sei lá!!!
Logo que consegui minha façanha, melhorei da falsa dor de barriga e minha mãe ¨macaca velha¨ logo percebeu minha traquinagem.
Não sei com qual intenção, se de me traumatizar ou de me dar uma boa lição, talvez as duas coisas.
D. Alzira me mandou limpar a casa e levei o dia inteiro para isso.
Enquanto eu limpava desejava estar na escola e ao mesmo tempo decidia que nunca mais trocaria as aulas por um dia de faxina.
As vezes, faço a mesma coisa com os meus filhos, quando percebo que eles estão tentando me ¨enrolar¨.
Eu hein!!!
Os reflexos da minha criação as vezes ¨falam bem alto¨ em mim e também percebo nos meus irmãos, principalmente nas mulheres.
Antes achava ruim, mas hoje que tenho minha casa e meus filhos entendo o que minha mãe quis fazer com essa mania de limpeza que nos fez herdar.
E como os filhos aprendem a viver na bagunça ou na organização, só depende da criação que damos a eles.
Não dá pra escrever tudo que aprendi com meus pais, são tantas coisas boas!!!
Mas estudar e cuidar da casa foi um ensinamento indispensável na minha vida.
E tento passar para os meus filhos também.
Queria falar mais das coisas que aprendi com eles, mas vou deixar para outro dia.
Teremos tempo para isso e vontade de escrever não me falta.
Meu dia já está acabando, minhas energias também.
Vou indo!
Fiquem em paz!
e com Deus!
beijos!!!
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