quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Mulheres solidárias



No dia 19 de outubro de 2009, decidi que a minha vontade de ajudar o próximo viraria realidade. Apesar de já estar envolvida com pequenas doações, percebi que estas poderiam crescer e mais pessoas poderiam ajudar, espontaneamente, cada um fazendo a sua parte.

E foi assim, que surgiu a comunidade das mulheres solidárias, que tem como objetivo principal o envio de roupas e brinquedos usados para comunidades, ou instituições carentes no Brasil.

Não é fácil reunir um grupo de pessoas com o mesmo ideal, pois muita gente só ¨pensa¨em ajudar, mas não vai em frente, não faz acontecer! Mesmo sabendo disso convidei algumas amigas e me surpreendi com a adesão de todas. Fiquei muito feliz e mais perseverante ainda.

Muitas vezes, deixamos de pedir ajuda porque generalizamos as pessoas, mas isso é tolice!!!

Não podemos ser tão radicais e orgulhosos, pelo menos não nesse caso, onde a miséria dos outros não espera pela iniciativa de quem pode ajudar. Por isso eu não tive medo de pedir ajuda, de pedir reforço e apoio para criar a comunidade.

Respeito a reserva, talvez afastamento, de certas pessoas em relação aos problemas alheios, pois cada um traça seus planos na ordem que quer e, principalmente, vive do jeito que almeja. Eu mesma já pensei em primeiro estudar, ficar rica e depois ajudar. Mas não fui capaz de ignorar a dificuldade que muitas pessoas tem de ¨sobreviver¨.

Pretendo fazer muito ¨barulho¨e espalhar a consciência, não como uma religiosa fanática, mas através dos meus atos, da minha entrega a essa causa, que considero necessária, além de ser dignificante.

Não basta só desejar um mundo melhor, precisamos também ser pessoas melhores e ajudar no crescimento e no desenvolvimento do próximo. Podemos ajudar de várias formas, dando força, incentivo, dedicação, paciência, atenção, conhecimentos...

Adoro aquela frase que diz:

¨Você pode dar o peixe, mas também ensine a pescar¨.
Não sou muito boa em frases e ditos populares, mas a temática da frase é clara e direta. Podemos matar a fome de muita gente com cestas básicas, calçar pés descalços com doações, ajudar um analfabeto a subir no ônibus certo, fazer sopões comunitários para matar a fome do pobre no final de semana ou em datas especiais como o natal..
....Enfim.
Tantas coisas podemos fazer, mas não passam de ações paliativas, que tem efeito efêmero demais para problemas que podem durar a vida inteira de uma pessoa.
Em vista disso, porque não qualificar a vida dessas pessoas? torná-las melhores, capazes e úteis.
É uma pena que a maioria delas já nasçam ocupando um lugar predestinado, excluídas da sociedade, jogadas à margem, classificadas como ¨pobres¨, ¨ralé¨, ¨pessoas sem classe¨, ¨ignorantes¨e ¨mal-educadas¨.
A divisão de classes gera o preconceito e cria uma barreira muito espessa, onde poucos conseguem ultrapassar, a não ser aqueles que são muito determinados ou tiraram a sorte grande, pois é o que parece: viver bem hoje em dia é ter sorte!!!
Mas para mim viver bem é um direito que temos desde que nascemos!!!
Não tenho riqueza para investir em projetos que possam dar qualidade de vida a classe pobre, mesmo porque os impostos pagos com muita dificuldade pelo ¨povo¨ e que vão parar nos cofres públicos é que ¨deveriam¨ser usados em prol do cidadão.
Mas, tenho riquezas ainda maiores, que dinheiro não compra e ladrão não rouba!
Me refiro ao amor que tenho pela vida e pelas pessoas. É ele que me dá forças, coragem e determinação para seguir por essa estrada, longa e cheia de desafios.
Minha comunidade, também pode ser a sua, em qualquer lugar do mundo. Ainda somos pequenos e nossa atuação ainda é modesta, mas já fazemos diferença.
Faça diferença você também!!!
¨Ensine alguém a pescar¨
Bons pensamentos e boas ações para todos!!!
Beijos!!!






Nenhum comentário: