segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Em nossas mãos


Eu presto atenção nas palavras, 
o que elas me dizem, 
o que significam.
Das mais variadas bocas, de onde saem,
em diversos momentos.
As palavras contrariam os gestos, 
não deveriam!
Elas nos deixam esperando, nos dão esperança.
Criam ilusões, decepções,
nos fazem perder tempo.
Gosto dos gestos, são conclusivos.
São mais certos do que incertas palavras.
As palavras são meras intenções.
Os gestos são a pura constatação.
Mesmo que não seja o esperado, 
ainda assim é bem melhor do que esperar.
Guardei muitas palavras, que ouvi de você.
Palavras que me fizeram sonhar.
Que ainda podem ser transformadas num gesto seu.
Ah, se eu fosse você para me fazer feliz.
Falar é tão fácil!!! 
Querer, mais ainda.
Eu também andei falando demais,
sem saber o quanto é difícil viver.
Também sei o que você ouviu,
sei dos seus sonhos, 
os mesmos que eu sonhei.
Só não sei se ainda lembra deles como eu.
Por isso, agora só escuto, observo.
O silêncio e a omissão, 
guardam a nossa felicidade.
E o tempo, sela o nosso destino.


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