segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lilo & Lola


Aqui no Japão,
geralmente moramos em apartamentos alugados.
Me refiro aos dekaseguis.
O máximo de área externa que temos é uma sacada,
onde mal dá para estender a roupa lavada.
(rimou! rs...)
Quando cheguei aqui nem pensava em constituir família.
Portanto não me importava com a falta de espaço,
a falta de um quintal.
Bastava um lugar para descansar.
Mas quando meus filhos nasceram,
minha casa ficou pequena demais.
As crianças não podem nem se aventurar,
até arriscam dar uma corridinha,
mas muitas vezes isso acaba mal.
Então evitamos.
E mesmo porque a política da boa vizinhança
não permite barulhos que perturbem a paz.
Pulos, gritos e até gargalhadas altas são
comportamentos contidos
e entram na regra diária da educação que devemos dar aos filhos,
para que não tenhamos problemas com os vizinhos.
Isso tudo implica também na hora de ter um animal de estimação,
por isso na maioria dos lugares não é permitido.
Quando podemos ter um, precisa adquirir permissão.
Tenho uma amiga que mora em apartamento da prefeitura,
onde é proibido.
Ela tem um cachorro e um coelho.
Porém, o cachorrinho não tem as cordas vocais,
foram tiradas pela dona anterior propositalmente,
para que pudesse ser criado as escondidas.
Coitadinho né!
Não sei bem, mas deve ser uma prática muito comum.
A vontade que muitos tem de ter um animalzinho
acaba alimentando e gerando esse tipo de conduta.
Meu filho sempre quis um cão,
mas eu prefiro não ter nessas condições.
Mas a ideia de ter um ¨bichinho¨
sempre foi alimentada por mim,
que adoro !!!
Então atendendo aos vários pedidos das crianças
acabei comprando dois coelhinhos.
A Lilo e a Lola.
Duas fêmeas é claro.
Confesso que limpar todos os dias a casinha delas
tem sido uma tarefa repulsiva.
Deixo pro final do dia
e levo uns trinta minutos
para fazer a faxina.
Porém, é compensador.
A Julia espera ansiosa por esse momento,
pois é quando eu a deixo brincar com elas,
pegar no colo e dar comidinha na mão.
O Henrique também.
Até meu marido que era contra essa ideia,
já se acostumou com elas.
À noite, antes de dormir,
é ele quem liga o aquecedor da casinha.
Fofo né!
meio que paternal, rs...
Os coelhos chegam a viver mais de 10 anos,
mas tem saúde frágil.
Li em algum lugar,
que uma das vantagens de deixar a criança ter uma animal de estimação
é o aprendizado da frustração
de perder algo ou alguém.
Achei interessante.
Desde pequena sempre tive animais.
E lembro perfeitamente quando eles morriam.
Tinha até enterro no quintal.
Eu e meus irmãos parecíamos carpideiras.
Mas o choro era real e sofrido mesmo.
Não sei se aprendi a perder quem amo.
Mas contando os bichos que tive e perdi,
alguma coisa deve ter mudado em mim.
Aceitação, resignação.
Sei lá!
Quis falar das coelhinhas
porque são os primeiros animais de estimação dos meus filhos.
Tem sido uma experiência muito boa,
É incrível como faz diferença na nossa vida,
Chego a conversar com elas.
Ah, mais converso até com minhas plantinhas.
Esse feriado vamos viajar para a cidade da minha irmã.
A Lilo e a Lola também.


Sei que muita gente não gosta de animais,
alguns até brincam:
Prefiro no zoológico!
Mas pra quem gosta e tem crianças eu aconselho:
É uma boa pedida.


Ah, já vou!


O tempo voa quando estou aqui.


Beijos!


Até logo!




Um comentário:

Suely S Araújo disse...

Pena que as circunstâncias fez um cachorrinho perder as cordas vocais né...

Mas eu fico feliz por você com suas coelhinhas!
O afeto por um animal doméstico pode ser uma benção grande, e por meio disto Deus pode trabalhar em curas emocionais... "Falo por experiência própria: o amor que ficou em mim por meu filho, tenho liberado pra meu cachorro Halley", e olhe que eu tinha pânico de qualquer bicho!!!
Muito obrigada por sua companhia em meu blog viu? Vou colocar você a partir de hoje em minhas orações!
E qualquer coisa me adicione: suelysoaresdearaujo@hotmail.com

Abração!